Qual é a causa do diabetes gestacional?
Durante a gestação, a placenta produz hormônios que ajudam no crescimento e desenvolvimento do feto, mas que também podem interferir na ação da insulina e resultar na resistência temporária da mulher a esse hormônio em particular.(1)
Normalmente, o pâncreas compensa essa resistência aumentando a produção de insulina. Em algumas mulheres, porém, o pâncreas não consegue produzir insulina necessária para superar a resistência, o que causa aumento nos níveis de glicose no sangue e no desenvolvimento do diabetes gestacional.
O DG costuma ocorrer do segundo para o terceiro trimestre, e a maioria das futuras mães não apresenta sintomas. Por isso, é importante o acompanhamento pré-natal, para que seja diagnosticado e se evitem complicações, tanto para elas quanto para os bebês.(1)
A causa exata da resistência à insulina durante a gravidez ainda não é completamente compreendida, mas sabe-se que alguns fatores aumentam os riscos de desenvolver o diabetes gestacional.
Quem tem mais risco de desenvolver diabetes gestacional?
O diabetes gestacional pode afetar mulheres de todas as idades e origens étnicas. Pode ocorrer mesmo sem nenhum fator de risco aparente.
Por isso, é recomendado que todas as grávidas sejam submetidas a testes de triagem para identificar a presença do DG e receber o tratamento adequado, se necessário. No entanto, há grupos que podem, sim, ter mais riscos de desenvolvê-lo:(1),(2)
Então, existe relação entre o diabetes gestacional e o diabetes tipo 2?
Para a mulher, pode existir, sim, posteriormente.
Um estudo realizado em 2015, em Portugal, identificou que, em uma amostra aleatória de 300 mulheres que tiveram histórico de diabetes gestacional, 32,7% desenvolveram diabetes tipo 2 posteriormente. A probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 após o diabetes gestacional aumentou em 8,2 vezes quando o diagnóstico de DG foi realizado até 24 semanas.(3)
Qual o tratamento adequado para o diabetes gestacional?
O tratamento do diabetes gestacional geralmente envolve uma combinação de mudanças no estilo de vida, quando necessárias, e, em alguns casos, o uso de insulina ou outros medicamentos. Confira os principais aspectos do tratamento:(1),(2)
É importante seguir as recomendações do seu médico e comparecer às consultas de acompanhamento. Depois de nascido o bebê, especialmente se houve um ganho maior de peso e a instalação da obesidade, é importante que a mãe continue monitorando sua saúde, para reduzir os riscos de desenvolver o diabetes tipo 2 ou, caso desenvolva, para tratá-lo adequadamente.(2)
Referências:
BR23DI00096 - Junho/2023
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