Pessoas diagnosticadas com diabetes mellitus – seja do tipo 1, tipo 2, gestacional ou na forma de outras apresentações bem mais raras da doença – precisam conviver com uma missão diária: controlar a glicemia. Isso porque a regularidade da concentração de açúcar (glicose) na corrente sanguínea é que proporciona o bom controle do diabetes.
Sempre que a quantidade de glicose diminui (hipoglicemia) ou aumenta (hiperglicemia), fatos que ocorrem pelas mais diversas razões, o corpo é colocado em perigo e um alerta é ligado.
Uma curiosidade é que, enquanto nos episódios de hipoglicemia a reação ao desequilíbrio é quase que imediata, com a manifestação de sinais desconfortáveis que vão de simples tonturas a convulsões, a hiperglicemia é, geralmente, silenciosa e, em longo prazo, pode promover sérios e irreversíveis danos à saúde.
Importante ressaltar que ambos os transtornos quando não tratados são prejudiciais ao organismo. Por isso, é vital que pessoas com diabetes mantenham a glicemia regulada.
Controle da glicose: glucagon x insulina
O controle da glicose no corpo humano é realizado por dois hormônios produzidos na porção endócrina do pâncreas, mais precisamente por um grupo celular chamado de Ilhotas pancreáticas ou Ilhotas de Langerhans: a insulina e o glucagon.¹
De forma oposta à insulina, que regula a entrada de glicose nas células para reduzir a glicemia que tende a subir após o consumo de alimentos ricos em carboidratos, o glucagon tem como principal função aumentar as taxas de glicose no sangue, que podem cair quando o organismo fica muitas horas sem receber alimentos.²
Quando acionados, esses dois hormônios trabalham para dispor na corrente sanguínea a glicose necessária para suprir as necessidades do corpo e, assim, normalizar a taxa de açúcar que se encontra baixa ou alta e garantir, sempre que preciso, a manutenção da glicemia entre as refeições.
Métodos de medição da glicemia
São vários os métodos para medir os níveis de glicose presentes na circulação sanguínea através da coleta de amostras de sangue. O mais utilizado tanto para o controle da glicemia quanto para investigar possíveis casos de diabetes é o exame de glicemia em jejum, que deve ser feito com 8 a 12 horas de jejum completo. Ou seja, sem consumir qualquer tipo de alimentos ou bebidas (apenas água é permitido).³
Além do exame de glicemia em jejum, outros conhecidos procedimentos laboratoriais são o exame de hemoglobina glicada ou glicosilada (HbA1c) e o teste de tolerância à glicose (TOTG), também chamado de exame da curva glicêmica.⁴
Feito através de uma única amostra de sangue, a HbA1c não exige jejum e informa a quantidade de glicose circulante no plasma nos últimos 3 meses anteriores ao exame. Já o TOTG, que avalia o funcionamento do organismo frente às várias concentrações de glicose, exige três medições: uma primeira coleta em jejum, a segunda 1 hora após a ingestão de bebida açucarada (geralmente dextrosol) e a terceira 2 horas após a primeira medição. Em alguns casos, são coletadas 4 amostras em um ciclo de 30, 60, 90 e 120 minutos.⁵
Há ainda a automonitorização glicêmica feita em casa, denominada de teste de glicemia capilar, que é realizada com o auxílio de um aparelho portátil de medição rápida de glicose denominado glicosímetro.
Essencial para pessoas já diagnosticadas com diabetes e, principalmente, para pacientes em insulinoterapia, o autoexame é feito com uma pequena gota de sangue retirada da ponta do dedo, sem necessidade de estar em jejum antes da coleta.
O teste pode ser feito a qualquer momento do dia, mas, para um controle intenso da glicemia, normalmente a dosagem com glicosímetro é indicada antes e após as refeições. E, em alguns casos, antes de dormir e ao acordar. O resultado sai na hora e é uma excelente ferramenta para o médico acompanhar a saúde do paciente e indicar a melhor conduta de tratamento.
Por fim, a prevenção da hipoglicemia e da hiperglicemia também pode acontecer por meio de um pequeno sensor de glicemia subcutâneo, desenvolvido para ser aplicado na parte posterior de um dos braços. Tecnologia moderna de automonitoramento da glicose, dispensa a necessidade de picadas no dedo porque subtrai informações do líquido intersticial.⁶
Capaz de fazer medições constantes, o sistema de monitorização contínua de glicose (SMCG) aponta a glicemia em tempo real e ainda indica qual a tendência da curva glicêmica para os próximos momentos. Saber o valor de glicose é bem simples: basta passar o leitor próprio em frente ao sensor (que deve ser trocado conforme vida útil de cada fabricante) que o valor aparecerá imediatamente na tela do aparelho.
Glicemia: valores de referência
Independentemente do método adotado, após a medição da glicemia é importante comparar o resultado com os valores de referência característicos de cada exame.
De modo geral, os valores de referência da glicemia são considerados normais quando, em jejum, a amostra de sangue coletada apresenta resultado entre 70 e 99 mg/dL. Desta forma, quando igual ou inferior a 70 mg/dL, indicará a hipoglicemia, e a partir de 100 mg/dL, o início de hiperglicemia.⁷
Importante ressaltar que quando o resultado aponta entre 100 e 125 mg/dL, a glicemia de jejum alterada pode significar um estágio de pré-diabetes, enquanto que acima de 126 mg/dL em jejum e 200 mg/dL até duas horas após uma refeição, o diagnóstico de diabetes já se encontra consolidado.⁸
Como controlar a taxa de glicose
Manter a glicemia nos eixos – evitando variações significantes para baixo ou para cima dos níveis de açúcar no sangue – é indispensável para pessoas com diabetes. Isso porque, como vimos, episódios frequentes de hipo e/ou hiperglicemia aumentam muito as chances de complicações de saúde severas.
Alcançar esse objetivo, na maioria dos casos, requer simples mudanças no dia a dia, associadas a terapias farmacológicas quando necessário. E entender como o diabetes age no organismo, ficando atento às formas de prevenção dessa doença crônica, é um passo complementar e importantíssimo nesse processo. Veja alguns cuidados voltados ao controle da glicemia:⁹₋¹⁰
Em tempo: para prevenir ou conviver bem com o diabetes e afastar os riscos que a glicemia flutuante pode trazer, é essencial realizar exames médicos a cada 6 meses. Lembrando que pessoas que não têm a disfunção também precisam ficar atentas à glicemia e outras taxas relacionadas à incidência da doença, tais como colesterol e triglicérides, pois isso pode evitar danos decorrentes de diagnósticos tardios.
Nota Importante: O conteúdo deste site não substitui a necessidade de acompanhamento médico para fins de diagnósticos e aconselhamentos. Não desconsidere ou altere tratamentos orientados por profissionais da saúde e busque por atendimento clínico sempre que necessário.
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