Se sua intenção ao ler este artigo é entender se o pré-diabetes é um tipo de diabetes, já de início vamos te tranquilizar: não é! Mas saiba que, caso você ou algum familiar tenham recebido esse diagnóstico ou suspeitam estar nesse estágio, há motivos mais que suficientes para ligar o alerta vermelho.
Uma pessoa com
pré-diabetes ainda não tem diabetes, mas tem grandes chances de vir
a ter. Isso porque como o próprio nome diz, o pré-diabetes é uma
condição que antecede o diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Ou
seja, é uma situação intermediária entre estar saudável e ter DM2
que, vale ressaltar, é uma doença crônica que não tem cura.
Considerado um estado de
risco elevado para o surgimento do diabetes, o pré-diabetes - também
chamado de estado de intolerância à glicose - ocorre pela mesma
alteração metabólica do organismo que leva à doença em si: níveis de
glicose (açúcar) no sangue mais elevados do que o normal.
Porém, uma linha tênue
diferencia as duas condições. No pré-diabetes, as altas taxas de
açúcar na corrente sanguínea ainda não alcançaram um patamar
suficientemente elevado para que se chegue ao diagnóstico de diabetes.
Riscos de evolução para o diabetes
Segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), cerca de 40 milhões de brasileiros têm pré-diabetes atualmente. Desse total, o diabetes irá se consolidar em pelo menos 25%, em um prazo de três a cinco anos.
Vale ressaltar, contudo,
que cada caso é um caso. Enquanto algumas pessoas conseguem virar o
jogo e converter a condição em uma tolerância normal à glicose,
outras permanecerão por prazo indeterminado no status de
pré-diabetes ou, então, irão desenvolver o diabetes em questão de tempo.
Por isso, eventuais
suspeitas e diagnósticos confirmados de pré-diabetes não podem ser
minimizados. Porque além da chance de progressão para o diabetes
tipo 2, há o risco de que desordens cardíacas e outras complicações
médicas se estabeleçam.
Como saber se tenho pré-diabetes?
Existem doenças que, se descobertas em fase inicial, têm probabilidade de cura bastante aumentada. Premissa que se encaixa perfeitamente ao pré-diabetes, uma vez que o diagnóstico precoce dessa condição permite a prescrição de tratamento adequado que pode, se seguido corretamente, impedir a evolução do quadro para o DM2.
Por isso, é fundamental
fazer um acompanhamento médico de rotina, para que exames clínicos,
físicos e laboratoriais sejam solicitados e colocados em dia. Só
dessa forma é possível diagnosticar alterações e enfermidades já
existentes e, até mesmo, prevenir e reverter comorbidades futuras.
No caso do pré-diabetes,
tanto a detecção quanto o monitoramento da condição são feitos por
meio de exames de sangue que medem o nível da glicose presente no
plasma. Três são as alternativas de testes e os respectivos valores
de referência que confirmam o diagnóstico de intolerância à glicose:
Realizados em
laboratórios, esses métodos são os mesmos utilizados para detectar o
diabetes. A forma de análise é exatamente a mesma, o que muda são
apenas os intervalos de referência, que são mais brandos no pré-diabetes.
Quem pode desenvolver intolerância à glicose?
A cada ano, crescem assustadoramente os casos de pessoas com intolerância à glicose. Seja por sedentarismo por conta da agenda atribulada de grande parcela da população, seja pela adoção de uma rotina alimentar cada vez mais desregrada, entre outros fatores.
Assim como o diabetes, o
pré-diabetes é uma condição que se desenvolve principalmente em um
público considerado de risco para essas patologias. Ou seja, pessoas com:
Importante ressaltar que
não se enquadrar em uma ou mais situações acima citadas não exclui a
possibilidade da enfermidade existir. Por isso, realizar exames
específicos para o diagnóstico precoce conforme orientação médica,
bem como aderir a um estilo de vida saudável, são sempre as melhores
formas de prevenção.
Sintomas do pré-diabetes
Apesar de comumente haver um período de pré-diabetes que antecede o desenvolvimento do diabetes tipo 2, não necessariamente o corpo dará esse “aviso” antes da doença se estabelecer de vez. E, quando dá, o alerta nem sempre é percebido, já que a condição é, quase na totalidade dos casos, assintomática e difícil de ser notada.
Ainda assim, mesmo não
havendo o surgimento de sintomas claros, é importante ficar atento a
alterações no corpo que eventualmente podem surgir e que variam
muito de pessoa para pessoa.
E mais: 1 em cada 10 pessoas com pré-diabetes já apresentam sinais iniciais de complicações crônicas compatíveis com o agravamento do diabetes, tais como retinopatia, neuropatia ou nefropatia. Registros de infartos e derrames decorrentes do aumento do risco cardiovascular são igualmente associados a esta fase.
Formas de tratamento
A probabilidade de haver progressão do estágio de pré-diabetes para o diabetes tipo 2 é, como vimos, bem alta. Inclusive, é praticamente impossível prever se a evolução vai, de fato, ocorrer. A boa notícia é que aproximadamente 2/3 dos pacientes conseguem reverter o quadro de intolerância à glicose para uma normal tolerância à glicose, ou seja, antes que a condição progrida efetivamente para o diabetes.
Mas, para que isso
aconteça, algumas medidas preventivas que se mostraram muito
eficientes em estudos clínicos devem ser adotadas tão logo o
diagnóstico seja confirmado. São elas:
E por falar em rotina
alimentar saudável e individualizada, de fato não existe uma
estratégia alimentar universal capaz de prevenir ou retardar o
início do diabetes. O recomendável é priorizar os grupos de
alimentos in natura como as frutas, os legumes, as verduras e
os cereais integrais. Outro bom caminho se pauta na ingestão de
oleaginosas como nozes e castanhas, produtos lácteos com baixo teor
de gordura, alimentos ricos em fibras e tomar bastante água.
É vital reduzir
consideravelmente o consumo de alimentos processados ricos em
açúcares, entre eles os doces, os refrigerantes, as bolachas
recheadas, etc. Também é preciso evitar carnes vermelhas e outros
alimentos de origem animal ricos em gordura.
Por fim, vale destacar
que na presença do pré-diabetes, essas são algumas medidas que atuam
como agentes auxiliares na redução do descontrole da glicemia. Elas
não excluem a necessidade de acompanhamento médico, que inclui
reavaliação anual para um rastreamento eficiente na prevenção do diabetes.
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novonordisk@approach.com.br
Fale sempre com seu médico.
Acompanhamento com seu médico de confiança e realização de exames regulares podem ajudar você a controlar o diabetes, além de colaborar para reduzir as chances de doenças cardíacas ou de derrame (AVC).
Em menos de um minuto você pode descobrir seus fatores de risco para o coração.
Conheça os principais sintomas que podem estar associados a doenças cardiovasculares.