Os primeiros casos suspeitos de SARS-CoV-2 foram notificados em 31 de dezembro de 2019, na cidade mais populosa da China Central, Wuhan. Doença popularmente chamada de COVID-19, a infecção viral até então desconhecida rapidamente se alastrou e, em tempo recorde, ganhou dimensões de pandemia global. De lá para cá, quase 4 milhões de vidas foram perdidas por conta do coronavírus.
Ainda que vacinas produzidas por diferentes países – entre eles o
Brasil – já estejam em circulação com o fim de frear o vírus e reduzir
o número de mortes, as estatísticas atualizadas hora a hora não param
de somar casos positivos e óbitos. Uma realidade que vai se prolongar
por um tempo, até que a maioria da população mundial seja
imunizada.
Os números realmente assustam, mas a verdade é que a maioria das
pessoas que adoecem em decorrência do coronavírus apresentam sintomas
leves e se recuperam sem necessidade de internações e tratamento
médico especial. Ou seja, assim como toda e qualquer enfermidade, o
SARS-CoV-2 é fatal somente quando agravado em razão de complicações no
espectro clínico.
E é aí que chegamos a um dos pontos mais críticos quando o assunto é
COVID-19: a contaminação por pessoas que já possuem comorbidades que
potencializam os danos ao organismo que, em princípio, não deveriam
ser tão devastadores.
Traduzindo, pacientes que tenham saúde preexistente comprometida, a
exemplo dos portadores de diabetes descompensado, doença
cardiovascular, obesidade, câncer, problemas respiratórios, nos rins e
no fígado, correm risco bem maior, não de se infectar, já que qualquer
um está igualmente exposto ao vírus, mas sim de virem a ter piora do
quadro com evolução para formas graves e risco de morte.
Grupo de risco maior entre pessoas com diabetes
Vimos em artigo anterior intitulado “Diabetes e COVID-19: uma combinação bastante perigosa” que pessoas com diabetes mellitus tipo 1 (DM1) ou tipo 2 (DM2) descompensados possuem imunidade reduzida por conta do desequilíbrio metabólico resultante de ambas as desordens.
Isso acontece por causa dos níveis de glicemia constantemente
elevados nesses pacientes, em virtude do excesso de glicose (açúcar)
no sangue, que leva a episódios recorrentes de hiperglicemia. O que,
consequentemente, acaba por proporcionar um ambiente inflamatório no
organismo, favorável a infecções mais graves, como é o caso do
SARS-CoV-2.
O grupo de risco é formado por aqueles com longa história de
diabetes, que fazem o mau controle da taxa de glicemia e que já
convivem com complicações que podem decorrer desta desordem como:
doença cardíaca, cetoacidose diabética, problema renal, etc., e,
principalmente, que tenham 60 anos ou mais. Por fim, IMC que indique
grau de sobrepeso ou obesidade e hipertensão são outros dois grandes
fatores prejudiciais.
Como o coronavírus se manifesta?
Na maior parte dos casos, o corpo (via sistema imune) consegue combater o novo coronavírus sem grandes problemas. Isso explica porque muitas pessoas infectadas apresentam apenas sintomas leves e se recuperam em questão de poucos dias, com ajuda de repouso e medicamentos devidamente prescritos por profissional da saúde. Outras, até mesmo passam pela doença assintomáticas, não apresentando nenhum sintoma.
Os sintomas da COVID-19 são, geralmente, febre acima de 38º, tosse
seca e persistente, dor muscular generalizada, nariz escorrendo
(coriza), cansaço excessivo e perda do paladar e/ou olfato, entre
outras manifestações menos frequentes. Porém, por serem bastante
semelhantes a um resfriado ou gripe, algumas pessoas ignoram os sinais
e se automedicam.
E é aí que mora o perigo, especialmente se for um portador de comorbidade como o diabetes, já que nesses pacientes há um alto risco do vírus chegar aos pulmões e evoluir para sintomas respiratórios mais graves. O que, por sua vez, pode levar a menor oxigenação dos órgãos.
Diabetes e suspeita de COVID-19, o que fazer?
A agenda nacional de vacinação abriu prioridade, em maio, para
imunizar pessoas consideradas com maior chance de desenvolver as
formas mais graves da COVID-19. Por serem enquadrados no grupo de
risco, é essencial que portadores de diabetes se vacinem para aumentar
a proteção ao vírus e reduzir as chances de complicações e eventuais
hospitalizações, como defendem a Sociedade Brasileira de Diabetes e a
Sociedade Brasileira de Endocrinologia.
Mas é importante ressaltar que, mesmo estando vacinados, portadores
de doenças crônicas continuam sujeitos à infecção pelo coronavírus –
assim como a população em geral. Por isso, é essencial voltar a
atenção para o surgimento de eventuais sintomas, para a confirmação do
diagnóstico e para a prescrição de tratamento medicamentoso propício,
se necessário.
A orientação é que na incidência dos sintomas comuns ao SARS-CoV-2,
principalmente desconforto para respirar e/ou febre com duração
superior a 48 horas, as pessoas com diabetes busquem atendimento
hospitalar para realização de teste virológico ou, então, procurem
atendimento a distância (virtual ou por telefone) com profissional
médico para as devidas orientações.
Cuidados pós-diagnóstico positivo
Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, quando confirmado o
diagnóstico positivo, o isolamento respiratório domiciliar por 14 dias
é fundamental, mesmo quando apenas sintomas leves de resfriado ou de
“síndrome gripal” sejam percebidos.
Nesse período, é primordial fazer um controle glicêmico rígido, já
que o monitoramento rigoroso dos níveis de glicose no sangue,
acompanhado da correta ingestão de medicamentos prescritos, pode
limitar a replicação do vírus, atenuar sintomas e efeitos adversos e,
ainda, reduzir o tempo da ação viral no organismo.
O gerenciamento da taxa de glicose é tão vital que, durante todo o
tempo de internação, pacientes com diabetes hospitalizados em
decorrência de agravamento do coronavírus são mantidos com monitoração
glicêmica constante.
Se por um lado esses cuidados são valiosos para auxiliar na
diminuição das chances da doença progredir para quadros graves,
ingerir bastante líquido (preferencialmente água) para evitar
desidratação também deve ser prioridade. Especialmente pacientes com
diabetes tipo 1 que tenham frequentes picos hiperglicêmicos e estejam
em estado febril.
Por fim e mais essencial, além de manter o isolamento social e
continuar a contar com o uso de máscaras e álcool em gel, é importante
destacar que se automedicar, bem como suspender ou alterar por conta
própria medicações anteriormente prescritas para o controle do
diabetes, jamais! E, caso os sintomas piorem ou falta de ar seja
notada, procure ajuda médica imediatamente.
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Fale sempre com seu médico.
Acompanhamento com seu médico de confiança e realização de exames regulares podem ajudar você a controlar o diabetes, além de colaborar para reduzir as chances de doenças cardíacas ou de derrame (AVC).
Em menos de um minuto você pode descobrir seus fatores de risco para o coração.
Conheça os principais sintomas que podem estar associados a doenças cardiovasculares.